Essa semana agora eu li
uma matéria que falava sobre a FERROSUL, que consiste em uma malha
ferroviária da região sul do País (RS, SC, PR e MS, sim, neste
caso entra o MS), e que irá se ligar a ferrovia Norte-Sul (um nome
estranho para uma linha que começa no interior de São Paulo) .
Hoje, na questão de
logística de mercadorias essa linha é o que mais se deseja, pois
irá facilitar e muito e escoamento da produções, sendo desde uma
forma mais barata de transporte, como mais objetiva e direta. Hoje a
produção – intenda como produtos agrícolas e de industrias – é
escoada por meio de rodovias, que primeiramente é mais lento que um
trem, e que por si só, mesmo sendo o principal meio de transporte de
carga, está sucateado, e as vias que estão um pouco melhores
geralmente são cedidas a empresas que cobram o pedágio, encarecendo
ainda mais o transporte de um produto. Sem falar a perca de produto –
por exemplo os grãos que caem do caminhão – por causa das
irregularidades da estrada e das trocas de carretas em alguns casos.
E não esquecendo que estradas não são vias apenas para transporte
de cargas, temos os carros, que muitas vezes são motoristas de
finais de semana que só ajudam a aumentar o transito e contribuir
para um bom congestionamento.
Mas mesmo com a clara
importância e melhoria que essa via irá trazes para a região,
ainda não temos previsão de inicio de construção desta via,
primeiramente que do meio para o final do ano passado tivemos uma
crise no ministério dos transportes, ou seja, deixou-se de lado tudo
que não era emergencial, para se estruturar novamente o ministério.
Um outro fator que anda complicando são os estados envolvidos, RS,
SC, PR desejam assumir a administração dessas vias, enquanto MS
acha que isso deveria ser função do governo federal, e com isso
ficam com um jogo de empurra empurra e só atrasa tudo.
Um outro problema é o
custo para construir a rede, cada quilômetro de trilho custa em
média 2 milhões, é muito dinheiro. Vejo que este valor poderia ser
menor se existisse empresas que construíssem trilhos aqui no país,
visto que este é o único produto importado, e praticamente o mais
importante em uma ferrovia.
Hoje a maioria das
linhas ferroviárias que temos são responsabilidades das duas
maiores empresas privadas do país, a ALL e a VALE, o que cria uma
espécie monopólio, pois anda nas suas linhas apenas os trens das
suas empresas, criando um ambiente que além de sem competição,
inibe a criação de novas empresas, que precisariam pagar aluguel
(alto) para rodas nessas linhas.
Retornando as
FERROSUL, eu sou da opinião de que deveria se seguir mais ou menos a
ideia das rodovias no país, deixar com o governo o controle de
malhas que interligam estados e redes dentro dos estados, as mesmas
mantém o controle; por mais que seja legal ter apenas um controlando
tudo, o país é muito grande, seria inviável controlar uma rede,
onde cada estado possui prioridades diferentes de produtos
transportados. O que não pode acontecer é o que temos hoje,
empresas privadas controlando linhas, isso não é bom, estraga o
mercado competitivo e só prejudica quem irá contratar os serviços.
Mas a FERROSUL é algo
praticamente inevitável, irá existir, seja amanhã ou daqui 10
anos. Espera-se que o mais breve possível, e, que seja administrada
de forma correta, para que não acontece de vermos alguns trechos
desses bilhões investidos sucateados e abandonados por ai, assim
como acontece hoje com alguns trechos da antiga RFFSA.
FONTE:
Revista Amanhã, outrubro de 2011, N278
NOTA:
Eu juro que tentei formatar melhor, mas o blogspot não quis colaborar.
Revista Amanhã, outrubro de 2011, N278
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