Oi, sou Mar, e você está lendo as minhas opiniões sobre a vida o universo e tudo mais :)

segunda-feira, 26 de março de 2012

CAFÉ CATA-VENTOS - A Maratona das Peruas


 De vez em quando eu recebo a visita de umas clientes que são um pouquinho mais chamativas que as outras pessoas que visitam o ambiente. Umas donas que estão sempre de saltos, combinando com suas bolsas que geralmente não são de umas cores discretas. Muitas vezes com saias, e meia calças que não combinam com nada, sempre com seus casacos imitando pele, muitas vezes no meio do verão debaixo dos quase quarenta graus que faz aqui em Porto Alegre. Em resumo, as conhecidas peruas.
Sempre falando alto, e gesticulando, é impossível não ouvir suas gargalhadas, são divertidas, não se vê baixo astral com elas. Um dia desses em que o café estava com pouco movimento, me contavam de uma de suas ideias, para valorizar mais a “classe”.
- Estamos querendo organizar uma corrida, vai se chamar ‘Maratonas das Peruas’ , já que dizem que somos peruas, vamos usar isso e fazer um evento e ainda ajudar alguma instituição. - contou ela animada.
E prosseguiu explicando como seria o evento.
- Iremos ter um circuíto, onde as moças irão correr, mas não pode-se usar roupas de corrida, e sim as roupas do dia a dia, e os sapatos inclusive, apenas salto.
- Mas não pode ser somente em asfalto – atravessava-se a outra na conversa e seguia explicando – temos que ter paralelepípedo, para dificultar, pois senão é fácil, correr de salto no liso não traz dificuldade.
- Bem pensado, anota ai, anota ai para não esquecermos
- Mas temos que cuidar para chegar com todas as roupas – comentou uma terceira, que usava um batom laranja que acho que deveria ser vermelho, mas não soube identificar bem.
- Tá, tá, deixem eu continuar. – e a primeira voltou a falar – E terá de ser com chapéus, tem que ter chapéus, ou então algum enfeite. Ah, se for chapéu não poderá ter nenhuma cordinha segurando ...
E falaram mais um pouco, conversando praticamente entre elas e praticamente ignorando a minha existência. Era divertido vê-las conversando, falavam quase que juntas e sempre se intendendo. Quando se viraram todas juntas e me perguntaram:
- E o que o senhor acha?
- Que será divertido – respondi, tentando parecer o mais sério possível. - acho até que deviam falar com o pessoal aqui do Centro de Cultura e pedir um apoio, quem sabe fazer a corrida passar aqui na rua do meio dos prédios.
- Legal – respondeu uma animada – poderíamos pedir apoio da prefeitura!
E ainda bem que elas me pagaram os sucos quando receberam, porque elas simplesmente se levantaram e saíram conversando rumo a administração do centro de cultura.
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