Oi, sou Mar, e você está lendo as minhas opiniões sobre a vida o universo e tudo mais :)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

E vamos ter trêm pra cá?


Essa semana agora eu li uma matéria que falava sobre a FERROSUL, que consiste em uma malha ferroviária da região sul do País (RS, SC, PR e MS, sim, neste caso entra o MS), e que irá se ligar a ferrovia Norte-Sul (um nome estranho para uma linha que começa no interior de São Paulo) .
Hoje, na questão de logística de mercadorias essa linha é o que mais se deseja, pois irá facilitar e muito e escoamento da produções, sendo desde uma forma mais barata de transporte, como mais objetiva e direta. Hoje a produção – intenda como produtos agrícolas e de industrias – é escoada por meio de rodovias, que primeiramente é mais lento que um trem, e que por si só, mesmo sendo o principal meio de transporte de carga, está sucateado, e as vias que estão um pouco melhores geralmente são cedidas a empresas que cobram o pedágio, encarecendo ainda mais o transporte de um produto. Sem falar a perca de produto – por exemplo os grãos que caem do caminhão – por causa das irregularidades da estrada e das trocas de carretas em alguns casos. E não esquecendo que estradas não são vias apenas para transporte de cargas, temos os carros, que muitas vezes são motoristas de finais de semana que só ajudam a aumentar o transito e contribuir para um bom congestionamento.
Mas mesmo com a clara importância e melhoria que essa via irá trazes para a região, ainda não temos previsão de inicio de construção desta via, primeiramente que do meio para o final do ano passado tivemos uma crise no ministério dos transportes, ou seja, deixou-se de lado tudo que não era emergencial, para se estruturar novamente o ministério. Um outro fator que anda complicando são os estados envolvidos, RS, SC, PR desejam assumir a administração dessas vias, enquanto MS acha que isso deveria ser função do governo federal, e com isso ficam com um jogo de empurra empurra e só atrasa tudo.
Um outro problema é o custo para construir a rede, cada quilômetro de trilho custa em média 2 milhões, é muito dinheiro. Vejo que este valor poderia ser menor se existisse empresas que construíssem trilhos aqui no país, visto que este é o único produto importado, e praticamente o mais importante em uma ferrovia.

Hoje a maioria das linhas ferroviárias que temos são responsabilidades das duas maiores empresas privadas do país, a ALL e a VALE, o que cria uma espécie monopólio, pois anda nas suas linhas apenas os trens das suas empresas, criando um ambiente que além de sem competição, inibe a criação de novas empresas, que precisariam pagar aluguel (alto) para rodas nessas linhas.
Retornando as FERROSUL, eu sou da opinião de que deveria se seguir mais ou menos a ideia das rodovias no país, deixar com o governo o controle de malhas que interligam estados e redes dentro dos estados, as mesmas mantém o controle; por mais que seja legal ter apenas um controlando tudo, o país é muito grande, seria inviável controlar uma rede, onde cada estado possui prioridades diferentes de produtos transportados. O que não pode acontecer é o que temos hoje, empresas privadas controlando linhas, isso não é bom, estraga o mercado competitivo e só prejudica quem irá contratar os serviços.
Mas a FERROSUL é algo praticamente inevitável, irá existir, seja amanhã ou daqui 10 anos. Espera-se que o mais breve possível, e, que seja administrada de forma correta, para que não acontece de vermos alguns trechos desses bilhões investidos sucateados e abandonados por ai, assim como acontece hoje com alguns trechos da antiga RFFSA.

FONTE:
Revista Amanhã, outrubro de 2011, N278

NOTA:
Eu juro que tentei formatar melhor, mas o blogspot não quis colaborar.
Related Posts with Thumbnails